sexta-feira, 2 de março de 2012

Poema de marinheiros Autor: Potyguar Mattos

Poema de marinheiros
Aos meus irmãos viajantes
Em que porto me esperais marinheiros apressados?
O sol da infância era louro, pés descalços, braços nus,
a cachoeira cantava claro canto de aguazul..
Em que porto me esperais?
Descia o vento da serra embrulhada em finos véus,
açoitava nossas faces de índios e homens maus...
Loucuras de adolescência, longínquas meninas lindas,
em cada porto um amor, em cada amor um destino...
Vossos navios de prata, em que ilha eles demoram?
Estão no fundo do pélago ou ancoraram em estrelas?
Minha alma morta me diz,
´´talvez na mão Dele deslize`` ,
deslize na mão direita, sejam de papel os barcos escorrendo na enxurrada´,
os homens viram meninos no pico da lua cheia,
quando os sonhos afogados, ja nem mais bracejam tontos,
entre destroços de barcos ...
Apenas chore a saudade, nos braços da esperança morta...
Marinheiros apressados , em que porto me esperais?
Autor : Potyguar Mattos

3 comentários:

  1. Este poema meu avô Poty , escreveu para falar da saudade de seus irmãos, que faleceram antes dele, e nesses dias que perdi tambem meu outro avô, vovô Chaves , tenho saudade deles e de tantas pessoas queridas que não estão mais aqui proximos na terra, mas próximos sempre no meu coração, como minha amada vovó Didi, que todos fiquem com Deus!!!!

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  2. Não conheci seu Potyguar, mais o admiro muito.Sua obra é maravilhosa e o amor da familia por ele é lindo demais.

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  3. Obrigado Serjão, por nos lembrar de nosso querido vovô Poty, homem honrado e íntrego em tudo que fazia.

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