quarta-feira, 11 de abril de 2012

Pecador, me confesso... Autor:Potyguar Mattos



Não gostaria de ser Deus,
detesto algumas tarefas de Deus.

Pequeno, ínfimo, miserável,
Posso ser esmagado num instante,
mas detesto.

Punge-me essa criança sofrendo,
sete palmos de terra afogando,
a boca dos amantes que se beijam.
Também o adeus dos amigos,
a conversa interrompida,
a cadeira vazia,
o imenso silêncio,
a mão amada, inerte e fria...


Não gostaria de ser Deus,
há tarefas amedrontadoras,
mistérios misteriosos,
insondáveis enigmas,
que me sideram.


Sou um pobre homem que chora,
sobre seu mundo morto,
perdão, Shenhor!




Hoje, se estivesse entre nós, estaria completando 91 anos, o meu querido avô Poty.
Este poema é uma pequena homenagem ao homem que imprimiu sua marca em toda a família, deixando um exemplo de hombridade e humanidade.Longe de ser santo, como em suas próprias palavras se confessava pecador, mas com seu amor tentava sempre acertar e acertava.


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